Encerro-me entre mundo inteligível e sensível
E nostalgio-me de meu viver.
Sou o produto científico,
De uma sociedade semi-pacífica
Em tempos de revolução.
Possuo uma fé cega que celebra
Um viver só.
No palco deste mundo,
Pavoneiam-se seres sem sentimentos profundos
Movidos por descrenças na tradição.
Sacerdotes da moda, de temáticas eruditas
- mas só por fora -
Pois a cultura, a pintura, os valores da literatura,
São enaltecidos,
Embora os livros nunca tenham sido lidos
E não se conhecerem outras formas de expressão,
Excepto aquela que choca e grita:
“Terror interior” “Chique, não?!...”.
Ocas. As conversas sobre aquele coquete fetiche francês.
Ocas. As conversas virtuais “dtc”.
Ocas. As programações de noticiário que criticam a judiciária face ao “sistema inglês”.
Ocas.
E são poucas as mentes que não são assim.
A maior parte incompletas,
Que de tudo gostam e nada prometem
Tão globalizadas que estão
Ostraciszadas de si.
São cépticas, profecia do aparecimento da racionalização das técnicas,
Que em nada crêem, nem Deus, nem lar, nem nação.
Encerro-me mais,
No multíplice do meu conhecimento,
No meu ser único, tridivido,
Deus dos Templos de Hoje,
Eu, a fé e a razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário