segunda-feira, 26 de maio de 2008

Só saudades.

Minha mãe:
Quando eu morrer
Tuas lágrimas não quero ver.

Levo minha saudade,
Como meu coração
Entregue a ti, entre resquícios de colo de infância.
Levo a mesma alegria com que te sorri um dia pela primeira vez
Sabendo que aquela magia
Repetir-se-à em parceria,
No aqui, no além, no talvez.

Levo memórias
Não só da dor
De te ver sofrer,
Também daquele dia
Em que doente Jazia pálida a teus pés:
Foste tu, mãe, mão amiga
Que me consolaste quando doía;
Quando desfalecia desbotada de minha tez.

Levo reconhecimento,
Da valorosidade do teu sacrifício
Entre beijos de amor,
Mil, dez mil, um milhão,
Um infinito turbilhão de amor
Genuíno
Que só uma mãe pode ter.

Não me deixes ver-te sofrer,
Mãe!
Só saudades quero levar!
Doce…
Passagem…
Só saudades quero levar
Daqui para qualquer lugar.

(6 de Maio de 2007)

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