Dormência do corpo.
Cabeça encostada num ombro amigo,
De um companheiro,
Também ele adormecido.
Olhar de adoração.
Enquanto os dedos tacteiam os cabelos,
Fios delicados, multiplicados
E unos em madeixas que passam pela mão,
És, enquanto dormes, mais meigo,
Idealização de Eros nascido.
És como Cristo menino,
Inocente, incandescente, perfeito.
O roçar da pele estremece-te e paro!
- Quieta, não te quero acordar –
Prolongo em desejo um olhar que sustenho na respiração…
Finjo que durmo também e inalo
- Pouco a pouco –
O ar
Que retêm o aroma do teu cabelo,
Sansão do meu templo.
(Março de 2007)
segunda-feira, 26 de maio de 2008
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