segunda-feira, 26 de maio de 2008

Algo antigo

Contemplo minha juventude
Nos vários fragmentos de espelho
Estilhaçados no chão,
Agora, mil cacos que se apresentam,
E variam em forma, tonalidade e estação.

Foi a fúria, aquela ânsia do querer não perder
Um único momento, tardio,
A violência de festejar o meu luto
A minha luta de reivindicar
Tudo pelos outros…

Nunca tive uma causa!
Minha causa foi sempre a de outrem,
Foi sempre pensada num bem
Maior, altruísta.

E num período egoísta me deixei
Letárgica, acomodar,
Sem prazo de mim.

Perdi meu tempo,
Perdi tanto…



(Setembro 2005: é sempre giro encontrar poemas perdidos no fundo da gaveta... hoje não teria escrito isto, pelo menos assim, desta forma.)

Sem comentários: