Sua voz era doce, alegre e espontânea.
Era moça afectiva,
Que abrigava amizades e cantava,
Com alma de mar, pequenos nadas,
Cheios de amizade.
Cansada, de às vezes não dormir,
Permanentemente elevava,
Como herói de banda desenhada,
O ânimo de qualquer mortal.
Solange era,
Tudo menos banal:
Flabelante no olhar
Tal famme fatal do passado;
Atenciosa num século descuidado.
Quis a sorte que partisse em busca de seu lugar.
Apartamo-nos,
- Quis a vida –
Mas da voz mais querida,
Daquela toada de menina
Ainda sinto em seu pestanejar a brisa do seu olhar.
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