sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Rosas com espinhos (2001)

No meu jardim existem rosas,
Que me parecem mais memórias de outrora
Em que lágrimas maternais regavam a terra fúnebre que as acolhia.
Foi do desejo que cresciam
dessas mãos, de se enterrarem,
Elas próprias, o corpo todo
mergulharem pouco a pouco
na escuridão e no encontro da morte.
Dessa vontade, ainda existem lágrimas para as regar
e ainda existe amor para as cuidar...
E por vezes ainda vejo a vontade
de voltar a cobrir tudo de terra, de escavar nela,
À procura de um amor perdido,
Na terra perecido...
Ah! Amor de mãe...

(Dedicado aos anos de sofrimento da minha mãe, que ela nunca tivesse passado por eles)